sábado, 15 de agosto de 2020

Março de 2020

Caixa de Pandora

Há pouco tempo tomei consciência da mulher que sou, 

da mulher que me tornei
e da mulher que ainda está por vir.

Gerações de gigantes mulheres percorreram e ainda percorrem meus pensamentos e minhas ações .
O que será que elas esperam de mim?

Vez por outra,
procuro arrego em seus ensinamentos,
em suas vivências e experiencias;
procuro colo em seus afetos
e em suas consolações,
pois tenho consciência de suas lutas,
sou resultado de suas glórias,
de seus turbilhoes de emoções.

Fui feto, bebê, criança e menina;
fui adolescente, jovem e pasmem:
ser adulta jamais me imaginaria.

Hoje, somente hoje,
olho-me através do espelho
da íris do meu olhar
e percebo o quanto a maturidade
me fez e me faz tão bem.

Porque amo meu corpo e minha liberta mente;
porque amo minhas luzes do tempo; minhas leituras do mundo e de determinadas pessoas.

Porque amo ser mulher, apesar de tantos pesares.
Porque amo minhas letras,
minhas palavras,
minha fé e minha boa vontade.

Sou mulher e, por isso,
sou assim:
caixa de Pandora,
Eu dona de mim.

Metade?
Jamais!
Mulher inteira
e um pouco mais.

Mamafrei

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